Valdir Da Silva Moreira
31 mar 2022 14h55
Intitulado “Mega Gênias”, um grupo de dez meninas da Escola Municipal Vinícius de Moraes fez jus ao nome e representou Lucas do Rio Verde fora do estado em um torneio de robótica, o First Lego League (FLL), Regional do Distrito Federal.
O torneio foi realizado nos dias 25 e 26 de março, no Sesi Taguatinga, sendo o primeiro dia de forma virtual e o segundo presencialmente.As alunas do 5º ano do ensino fundamental, todas com 10 anos de idade, participaram dos desafios de robótica na capital federal após muito treino e aprendizado em sala de aula. Elas levaram para casa o troféu de primeiro lugar do campeonato na categoria “Estrela Iniciante”. Entre as 18 equipes, a escola do interior de Mato Grosso foi a única municipal a participar da disputa.“Apresentamos nosso projeto sobre carga e descarga que criamos, para facilitar a vida dos caminhoneiros, para eles não ficarem parados nas rodovias, o que acaba gerando vários problemas, como os acidentes. Já tem empresas que estão interessadas no nosso projeto”, contou a aluna Emely Caroline da Silva Santos.
As professoras Katia Mundin e Marcia Botim coordenaram a equipe, que começou os treinos intensivos para o torneio em fevereiro. Katia destaca que o apoio do poder público e dos familiares das estudantes foi muito importante para o resultado. Ela também ficou entre os cinco indicados ao prêmio de “Mentor Destaque” da FLL.
“Foi muito gratificante participar. Com muita dedicação das meninas, as famílias acreditaram no projeto, além da comunidade escolar, que entendeu que a robótica não se faz sozinha e que não é apenas uma aula de informática isolada”, pontuou a educadora.As Mega Gênias também já se preparam para outros projetos envolvendo pesquisa e robótica, além de incentivar a participação de outras escolas do município nos projetos de robótica.A FLL tem como base valores como respeito, ganho mútuo e competição amigável. Nos torneios, colocam-se em prática o relacionamento interpessoal, a criatividade e o protagonismo dos alunos.“É um projeto que chama a atenção e que pode contribuir muito para o desenvolvimento econômico do município, com esses arranjos tecnológicos voltados para cargas, contêineres, tudo já prospectando o futuro, que são as ferrovias em nosso município”, disse o prefeito Miguel Vaz.
“Vamos participar do torneio mundial Microbit, estamos trabalhando no projeto desse computador de mão, o Microbit, e através de uma linguagem de programação, com um custo bem mais barato ao agricultor, fazer a medição da umidade da soja”, explicou a professora Katia sobre um dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos.Outra pesquisa que caminha em paralelo é para sanar o problema de carga e descarga no Brasil, com foco para a nossa região, que tem como forte o transporte de grãos.As meninas notaram as enormes filas causadas por conta do transporte de grãos no município e que os armazéns não comportam o volume de caminhões. As filas são por ordem de chegada, podendo muitas vezes afetar a saúde do motorista, situação percebida pelas estudantes.